Ao longo dos tempos, o mar sempre foi considerado sinónimo de riqueza e prosperidade, constituindo pólo de fixação de populações, centralização de comércio, privilegiada via de comunicação entre povos e porta de conhecimento e de descoberta de novos Mundos… não só aqueles que se avistam no horizonte, mas mundos submersos, escondidos e cujo valor tantas vezes passa despercebido.

Entre a terra e o mar, a zona costeira é simplesmente a separação entre ecossistemas tão diversos, mas igualmente belos e abundantes em biodiversidade, em riqueza ecológica, numa combinação quase perfeita de fatores naturais de excelência.

As zonas costeiras assumem assim uma importância estratégica em termos ambientais, económicos, sociais, culturais e recreativos, pelo que o aproveitamento das suas potencialidades e a resolução dos seus problemas são fundamentais no âmbito de uma política de desenvolvimento sustentável apoiada numa gestão integrada e coordenada dessas áreas.

Junto à linha de costa, para além do ambiente marinho destacam-se os recifes e o sistema dunar, que complementam e valorizam a paisagem. Cabe a cada um de nós zelar e preservar estes valores naturais, que contribuem para que Esposende seja efetivamente um privilégio da Natureza. 

Aproveite o litoral de Esposende e contribua para um planeta + feliz

Todos devemos assumir o compromisso de colaborar na preservação e protecção das praias e das zonas costeiras. Como? 

  • Não deite lixo para o chão. Utilize os recipientes para o lixo que se encontram à sua disposição na praia ou, na sua ausência, leve sempre um saco de plástico para trazer da praia o lixo produzido;
  • Se os resíduos produzidos são passíveis de serem reciclados, procure o ecoponto mais próximo e deposite corretamente os seus resíduos;
  • Para chegar à praia, opte por um transporte público ou por ir a pé. Desta forma está a reduzir as emissões de poluentes;
  • Não pise a vegetação dunar para “cortar caminho”, e utilize sempre os passadiços de acesso para as praias. A vegetação das dunas, muito sensível ao pisoteio, desempenha um papel essencial na fixação das areias, permitindo desta forma travar o avanço do mar;
  • Quando estiver a “montar” a sua tenda ou barraca, tenha sempre o cuidado de seleccionar zonas do areal sem vegetação e nunca em plena duna. Relembramos também que as paliçadas – cercas em madeira – têm como função reter as areias e ajudar à formação de dunas, pelo que não devem ser usadas pelas pessoas para marcar o seu espaço no areal;
  • Quando estiver a “explorar” os recifes, observe apenas a fauna e flora presente. Ao colocar num balde com água alguns dos espécimes encontrados, como estrelas-do-mar, mexilhões, caranguejos, entre outros seres vivos, e ao retirá-los da “sua casa”, vai estar a danificar um habitat que demorou muito tempo a estabelecer-se;
  • Não lance para as linhas de água resíduos de embalagens e de produtos químicos, águas residuais não tratadas ou qualquer outro tipo de poluente. Toda a água vai, inevitavelmente, ter ao mar, logo, para além de estar a poluir os cursos de água, vai contribuir para diminuir a qualidade da água das zonas balneares e colocar em risco a vida marinha;
  • Quando adquirir peixe para consumo, certifique-se que este tem o tamanho mínimo permitido para sua captura. A sobrepesca industrial é uma das causas para desaparecimento de peixes e é proibido capturar, transportar e comercializar peixes com tamanho inferior ao tabelado.