A biomassa, uma das mais antigas fontes de energia utilizada pelo homem, é a matéria orgânica de origem vegetal ou animal que pode ser utilizada como fonte de energia. As plantas são um produto directo da fotossíntese, um processo durante o qual o Sol fornece, sob a forma de radiação, a energia de que as plantas necessitam para transformar a água, o dióxido de carbono e os minerais (nutrientes) em oxigénio e açúcares.

Os açúcares são compostos de carbono, oxigénio e hidrogénio que fornecem energia às plantas e aos animais que delas se alimentam. Estes alimentos ricos em açúcar são uma boa fonte de energia.

Existem vários aproveitamentos deste tipo de combustíveis, dos quais se destacam os biocombustíveis e o biogás.

Através da transformação de certos óleos vegetais, como o de girassol, colza, milho, palma ou amendoim obtém-se um biodiesel que pode ser misturado com o gasóleo e alimentar motores deste tipo. 

Outra fonte de matéria-prima é a recuperação dos óleos usados em frituras (restauração, cantinas), mediante uma recolha selectiva. Estes óleos podem ser facilmente transformados em biocombustível, tendo como vantagem acrescida a eliminação de uma fonte de poluição.

Já no que diz respeito ao biogás, este é um gás combustível, constituído em média por 60% de metano e 40% de CO2, que é produzido através de um processo de digestão anaeróbia dos resíduos orgânicos. As principais potenciais áreas de produção de biogás são as do sector agro-pecuário, da indústria agro-alimentar, das ETAR municipais e dos resíduos urbanos (RU), sendo que a queima do biogás pode ser feita em pequenas instalações, para produzir energia eléctrica. Uma vantagem resultante da combustão do biogás é a possibilidade de eliminar o metano, que é um dos gases que contribui para o efeito de estufa.