Uma floresta autóctone é uma floresta com árvores originárias de uma determinada região. Isto quer dizer que essas árvores não foram introduzidas pelo Homem, apareceram naturalmente durante o desenvolvimento destes ecossistemas.
No Dia da Floresta Autóctone, assinalado a 23 de novembro, realça-se a importância da floresta natural autóctone, sendo relevante não apenas ao nível ambiental e ecológico, mas também do ponto de vista económico e social.
Sabia que com uma extensão superior a três milhões de hectares, a floresta é o principal uso do solo em Portugal e ocupa mais de um terço do país?
Importância das Florestas Autóctones
- As florestas autóctones estão mais adaptadas às condições do solo e do clima do território, por isso são mais resistentes a pragas, doenças, incêndios, longos períodos de seca ou de chuva intensa, em comparação com espécies introduzidas;
- Ajudam a manter a fertilidade do espaço rural, o equilíbrio biológico das paisagens, a diversidade dos recursos genéticos, regulam o ciclo hidrológico e a qualidade da água, formam solo e proporcionam bens importantes para o Homem (madeira, cortiça, frutos silvestres, plantas medicinais e aromáticas, cogumelos, mel, pastoreio, caça, etc);
- As florestas autóctones são importantes lugares de refúgio e reprodução para um grande número de espécies animais autóctones.
Destacamos duas espécies autóctones portuguesas bem reconhecidas…
Sobreiro (Quercus suber) – O seu fruto é a bolota e o seu principal uso é a cortiça. Portugal é o maior exportador mundial de cortiça. O sobreiro é desde dezembro de 2011, a Árvore Nacional de Portugal, juntando-se à bandeira e ao hino. Longevidade: 150 a 200 anos.
Azevinho (Ilex aquifolium) – Em Portugal encontramos o azevinho em estado silvestre em bosques sombrios, solos frescos e vales de montanha até 1600m de altitude. Era a planta sagrada do deus Saturno e reza a lenda que tem folha persistente por graça de Nossa Senhora, como bênção por proteger a Sagrada Família dos soldados do rei Herodes. Longevidade: 300 anos.