Dia da Floresta Autóctone – 23 de novembro

Uma floresta autóctone é uma floresta com árvores originárias de uma determinada região. Isto quer dizer que essas árvores não foram introduzidas pelo Homem, apareceram naturalmente durante o desenvolvimento destes ecossistemas.

O Dia da Floresta Autóctone foi criado para divulgar a importância económica e ambiental da conservação das florestas naturais e a urgência de as proteger da destruição.

Sabia que cerca de 38% do território continental português é constituído por área florestal? Isto representa uma mais valia efetiva na conservação da Natureza e da biodiversidade, na produção de oxigénio, na fixação de gases com efeito de estufa (dióxido de carbono), proteção do solo e manutenção do regime hídrico.

Importância das Florestas Autóctones

• As florestas autóctones estão mais adaptadas às condições do solo e do clima do território, por isso são mais resistentes a pragas, doenças, incêndios, longos períodos de seca ou de chuva intensa, em comparação com espécies introduzidas;

• Ajudam a manter a fertilidade do espaço rural, o equilíbrio biológico das paisagens, a diversidade dos recursos genéticos, regulam o ciclo hidrológico e a qualidade da água, formam solo e proporcionam bens importantes para o Homem (madeira, cortiça, frutos silvestres, plantas medicinais e aromáticas, cogumelos, mel, pastoreio, caça, etc);

• As florestas autóctones fazem parte do nosso ecossistema. São importantes lugares de refúgio e reprodução para um grande número de espécies animais autóctones, muitas delas também em vias de extinção.

Algumas espécies autóctones portuguesas…

Carvalho (Quercus robur) – O seu fruto é a bolota e a madeira é muito apreciada, sobretudo em mobiliário e cascos para o envelhecimento de vinhos, como o Vinho do Porto. Longevidade: 1500 anos.

Medronheiro (Arbutus unedo) – O fruto é uma baga globosa, granulosa, amarela tornando-se escarlate durante o amadurecimento. As folhas e casca, ricas em taninos, são usadas na curtição de peles. Usado ainda para fermentar e obter bebidas alcoólicas e vinagre. Em medicina popular usado como adstringente, diurético e antisséptico das vias urinárias.  Longevidade: 100 anos.

Castanheiro (Castanea sativa Miller) – Os seus frutos são as conhecidas castanhas que se encontram envolvidas por um ouriço espinhoso. Principais utilizações da castanha para a alimentação. A sua madeira dura e pesada, apesar de não ser tão boa como a de alguns carvalhos, é bastante apreciada na carpintaria. Longevidade: cerca de 1000 anos, mas podem ir até aos 1500 anos de idade.

Loureiro (Laurus nobilis) – Os seus frutos são as drupas e o seu uso mais conhecido é o das folhas e ramos na culinária. Longevidade: 100 anos.

Azinheira (Quercus ilex) – Os seus frutos são as bolotas, sendo estas consideradas as de melhor qualidade entre as várias espécies de carvalhos, constituindo um excelente alimento para o gado e outros animais durante o Outono e Inverno. A sua madeira é usada na construção e muito apreciada para lenha e carvão. Longevidade: costuma ultrapassar os 300 anos, podendo chegar excecionalmente aos 1000.

Sobreiro (Quercus suber) – O seu fruto é a bolota e o seu principal uso é a cortiça. Portugal é o maior exportador mundial de cortiça. Longevidade: 150 a 200 anos.

O Município de Esposende irá comemorar o Dia da Floresta Autóctone através da promoção de um conjunto de atividades que terão lugar durante uma semana. O arranque da Semana da Floresta Autóctone em Esposende terá início no dia em que se assinala esta efeméride, através da oferta de uma planta autóctone aos estabelecimentos de educação e ensino e IPSS`s concelhios. “Os Sapadores vão à Escola!”, Teatro “A Clarinha e a Fonte do Tempo”, Webinar Hoje é dia de: Sprays desinfetantes com óleos essenciais & Como fortalecer o Sistema Imunitário, serão algumas das atividades a acontecer ao longo da semana.